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sexta-feira, novembro 25, 2005DAS BUSCAS, TANTAS... eu saio por ai procurando no silêncio, na fala, no canto em cada canto dessa casa escura em cada canto do resto todo do mundo! eu olho pra todos os lados, para todas as paredes e presto atenção em todos os quadros de magride, de max ernest, de salvador dali daqui, de lá, de onde? pelos descaminhos que percorro pelo caminho que eu trilho pela trilha que eu sigo... eu busco! de dia, de noie, na chuva, no vento, no sol, no tempo... te procuro nos meus erros de concordância, de grafia, de pontuação, de escolha, de interpretação... busco concerto pras frases incertas busco me guiar por uma bússula quebrada por um mapa rasgado por uma intuição míope... procuro a verdade atras das letras garranchadas dos teus bilhetes, nas entrelinhas das tuas cartas na dupla interpretação das tuas poesias... meu deus, até no google eu já te procurei! mas você não está em nenhum site, em nenhum blog ou flog não tenho seu msn, seu yahoo mensseger, nem o seu icq se é que você tem essas coisas... eu te procurei na internet, mas você não está nem no orkut... te procurei nos dicionários, mas você é uma daquelas palavras sem tradução, sem significado... um verbo sem conjugação, verso sem rima, teoria sem explicação... vai ver que você é um neologismo!!! eu te procuro em tudo que eu posso ver na rua, na estrada, nas árvores caídas no meio da pista nos deslizamentos que interditam o trânsito nas barreiras de desvio de tráfego... te busco em coisas tão simples... em conceitos tão complexos... tento te ouvir em todos os sons e te sentir em tudo quanto vive na fome, na farura, na riqueza e na miséria no furo do tênis, na sola descolada de um sapato usado nas letras apagadas das teclas do meu teclado eu te procuro emm todos os lugares improváveis onde sei que você não vai estar onde sei que não vou te encontrar por que me recuso a acreditar que este estranho do meu lado ainda é você!!!
segunda-feira, novembro 21, 2005REGRAS DE CONDUTA Feche seus olhos e abra seu coração... Na verdade, abra apenas seu coração, porque de olhos fechados você não vai ler Corrigindo: Abra seu coração e leia como se alguém estivesse falando no seu ouvido enquanto você esta de olhos fechados! Eu não sei quem foi o velho deitado que inventou esse ditado: "O Que Os Olhos Não Vêem, O Coração Não Sente" Pois eu penso exatamente o contrário! Uma vez eu aprendi que o que os olhos não vêem, o coração sente ainda mais, por que sente com a intensidade de uma ausência. De certo, alguns dirão que é o coração quem domina todos os sentidos e todo corpo, e que os olhos nada tem a ver com isso. Se fosse assim,. As coisas deveriam funcionar assim: uma filha viaja para o exterior para concluir seus estudos e trabalhar por uma vida digna e melhor - Legal! Ponto Dela!- Mas a mesma filha tem uma mãe, um pai e dois irmãos que ficam no brasil. Então seria correto dizermos, que eles sofreriam por sua ausência e sentiriam saudades por um tempo e depois a esqueceriam, afinal, o que os olhos não vêem o coração não sente? Será que depois de anos de afastamento, ao reencontrar essa filha, o coração não sentiria o mesmo amor pelo fato de não vê-la freqüentemente? Ou então coração é cético, de certo, e só acredita vendo? Será que não existe ninguém que ame através de distâncias, histórias de pessoas que nunca se conheceram, pessoas que se foram... Você deixa de amar um parente ou um amor falecido? Eu pelo menos, nunca deixei de amar meu pai que mal conheci e nem meu grande amigo André Marques, e nunca deixei de sentir falta deles só porque meus olhos não os vêem! O coração (e as pessoas) só acredita vendo ou só vê o que acredita? Aqui essa dualidade abstrata começa a tomar uma concepção verdadeira. O que é a verdade? É aquilo que os olhos vêem ou o que o coração acredita que vê? A verdade é o contrário da mentira ou a mentira é o que o coração acredita ser verdade? Na verdade, a verdade pode ser tudo aquilo que acreditamos ser real, e essa realidade pode ser vista com os olhos ou com o coração, pouco importa, mas é o que faz sentido para nós! Por exemplo: uma amiga minha acredita que o namorado é um santo, embora todo mundo saiba que ele não é, e enquanto ela acredita na fidelidade dele, o cara se aproveita para fazer tudo o que quiser porque saiba que não levanta suspeita sobre si! Eu acredito que muito embora ela diga que confia nele, no fundo saiba que lê não presta, mas a realidade que a faz feliz, é aquela que o coração dela quer ver e não a que seus olhos lhe mostram! Outra hipótese: pergunta-se a esse namorado dela se ele a ama e ele responde que sim. Para confirmar a informação, pergunta-se a mesma coisa para o melhor amigo dele que prontamente responde que não. Neste caso, nenhum dos dois está mentindo, porque cada um respondeu a verdade que lhe parecia. A verdade é que apesar se seu comportamento duvidoso, ele ama a namorada, mas quando seu amigo respondeu o contrário,estava dizendo o que ele acredita ser a verdade. O que coração não sente, é o que os olhos não vêem ou o que não querem ver? Ou será que apenas o que conta é aquilo que queremos acreditar? Seria quase como se sentisse aquilo que não vê e ao mesmo tempo visse o que sente! Complicou? Explicando por meio de exemplos: a menina que acreditava que seu namorado era fiel e não aceitava que lhe dissessem o contrário, era feliz pelo seu coração acreditar na verdade que lhe era passível de fazer sentido, ainda que essa verdade fosse uma ilusão criada por seu coração. - ela via o que o coração dela queria que ela visse, e não o que os olhos lhe mostravam! Outra hipótese: suponha que se espalhe uma fofoca de que o namorado a traiu e ela acredite que é verdade, sendo isso uma mentira. Os olhos dela não viram, mas o coração acreditou, causando-lhe sofrimento. O coração acreditou no que não viu! Deu pra entender? Para encontrar alguma lógica no ditado vou simplificando ainda mais: quando era pequena, na casa da minha avó em belo horizonte, eu caí de uma rampa próximo a uma goiabeira em cima das sucatas de televisores que meu tio concertava e cortei meu ombro num dos tubos de televisão. Levantei-me e percebi que meu casaco (vermelho) estava rasgado e fui contar pra minha mãe: "-Mãe, eu cai é rasguei o casaco, acho que arranhei o braço" - até então não estava sentindo dor, mas quando vi minha mãe e minha avó gritando, pedindo pra minha tia tirar o carro pra me levar no hospital é que tive curiosidade de olhar o tal machucado, neste momento vi o sangue e o corte e aí sim, comecei a sentir uma dor insuportável! No meu caso, só senti a dor quando vi! O coração não sentiu o que os olhos não viram! Peraí! Caí em contradição! Neste caso, o ditado está correto! O exemplo clássico - e metafórico - desse ditado popular é o desenho do Tom e Jerry, quando o Jerry põe fogo ou coisa parecida no rabo do Tom e ele só grita quando vê! Ou mesmo o desenho do Papa-léguas onde o Coiote vive caindo em precipícios apenas no momento em que olha pra baixo e percebe que não tem chão para ele pisar! Mas são desenhos! Se meus olhos não virem os precipícios a meus pés, isso significa que eu não vou cair? E aqueles tombos que você dá na vida e nem vê de onde tropeçou? Como explicar essa contradição? É andar em sonhos e não abrir os olhos para não despencar, construir castelos nos céus e não enxergar que não tem alicerces? A verdade que acreditamos, muitas vezes pode ser mais convincente (para nós) do que a verdade que vemos e vice e versa. Por isso é tão contraditória essa dualidade de realidades abstratas. Meu deus, quantos pleonasmos e metáforas! E vêem me dizer que "O Que Meus Olhos Não Vêem, Meu Coração Não Sente???", então me convençam que meu coração não sofre a ausência de minha irmã quando não a vejo, que não sofro pela distância das pessoas que amo, que deixo de amar meus sobrinhos quando não os vejo... Olha Camões concordando comigo: "Amor É Fogo Que Arde Sem Ver; É Ferida Que Dói E Não Se Sente; É Um Contentamento Descontente; É Dor Que Desatina Sem Doer..." E quem sou eu para discordar de Camões quando ele me diz que o amor é fogo que arde sem se ver? Às vezes penso que esta seria a resposta de Camões se lhe dissessem: - Caro Camões, o que os olhos não vêem o coração não sente! Ele sabia e mansamente responderia: - É tola esta afirmação, caro amigo! O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente! Muito embora meus olhos não te vejam, meu coração arde por um amor que lateja no meu peito ao simples imaginar que um dia lhe verei novamente, e nunca o avesso disso! Que adversas essas palavras... Que agressão esse ditado! E sinceramente? Entre o provérbio popular e o soneto lírico de Camões, eu prefiro ficar com Camões!!!
quinta-feira, novembro 17, 2005CRIANÇAS...
Sábado passado, foi aniversário da minha sobrinha Amanda! Essa moça já fez cinco anos, acreditam? Eu nem acredito mesmo! E eu não fiz outra coisa no fim de semana passado que não fosse brincar com ela e com meus outros sobrinhos, Lucas (de um ano) e Gabriel (de 2 anos). E como eu gosto de falar de criança... Como eu amo falar das minhas "crionças" e de tantas coisas que fazemos juntos... Quando estou com eles, não tenho muito mais do que a idade que eles tem. A gente corre, se esconde, rola no chão, se suja todo, se lambuza de manga (né Gabriel?), espalha brinquedos... Não dá tempo de fazer mais nada que não seja com eles (ou para eles). E nessas horas, eu me sinto muito mais leve, (mesmo com dois ou três deles pendurados no colo) Me sinto mais limpa, (mesmo toda melada de chocolate, bala, doce ou manga) Mais... humana!!! Certa vez, com a minha sobrinha no colo ouvindo CPM22: - Gostou Da Música? - Anham... Como É O Nome Desse? - Desse O Que? Desse Que Ta Cantando? - É! - Badauí! Do Cpm 22! - Que? - B-A-D-A-U- Í. - É O Nome Dele? - É! - Nome Feio!!! - É, Mas O Nome Da Banda É Cpm 22! - Cpm 22? - É! Cpm 22! - É Seu esse Cpm 22? - Agora É, Acabei De Ganhar! - E Você Tem Do Cpm 23? - ... Sim, são nessas horas que mais sinto vontade de ter filhos - só vontade, porque ainda não posso! E sinceramente, não consigo entender como podem existir pessoas - aliás, "pessoas" não, "seres” - que afirmem não gostar de crianças! Eu, particularmente, adoro! Gosto de conversar com crianças, de sair, de brincar, de viajar sem sair do lugar... E descobri que é muito bom observá-las em qualquer ocasião, porque elas, mesmo que inconscientemente, sempre tem algo de valioso para nos ensinar! "Pensar que você sabe tudo, é quase tão arrogante quanto pensar que não sabe nada! Olhai para aprender, as lições mais importantes da vida, serão ensinadas com a inocência e a pureza de uma criança" Eu deturpei um pouco a frase, mas o que vale é a mensagem... Uma outra vez, eu estava com um cordão e um pingente de coração! Gabriel passou correndo pela sala, voltou, subiu no meu colo e pegou meu pingente dizendo: - Coração! Coração! A mãe dele ficou toda besta, perguntando "Como esse menino sabe que isso é coração? Ninguém falou pra ele". Mas as crianças estão cada vez mais espertas, e eu não me canso de ficar sondando, testando até onde elas vão: - Coração de quem Biel? - Coração da Titi... - Aaahh, e quem mora no coração da Titia? - Hummm...Hum.... o Bisso? - Não, o bicho não... quem mora no coração da titia? - O monstu? - Que mosntro o que Biel... No coração da Titia? Quem mora aqui dentro, ó? - O nenem!!! - É Biel... o nenem!!! - O Biel... o nenem... eu!!! - Isso aí, o Biel mora no coração da titia! - E a "Manda"? - A Amanda também... E o Lucas também!!! Aí ele saiu todo feliz, pulando... Vai entender criança? Pra elas tudo é muito mais simples... E eu realmente acho que nós, muitas vezes, deveríamos ser um pouco mais crianças também!!! Se eu nascesse outra vez, preservaria mais as minhas "coisas de criança", para não chegar na fase adulta tentando resgatá-las! Durante a Adolescência, a gente luta tanto para ser e parecer mais adulto, que quando alcançamos a tal "maturidade" chegamos a conclusão que deveríamos ser mais crianças mesmo!!! E não há nada de errado nisso... Na verdade, TEM COISA MELHOR DO QUE ISSO??? Agora vocês me desculpem, não posso mais ficar! Vou correr, pular e me esconder... Se vocês me procurarem e não me encontrarem, vou sair correndo e bater "pique esconde 1,2,3" na parede que vocês contaram e vou ganhar o jogo... Agora vou indo, contem até 100 e não olhem para trás, não vale roubar! Tenho crianças esperando para brincar comigo, e como vocês sabem, brincar é uma coisa muito séria! Para as “minhas” crianças: “O TEMPO CORRE CONTRA MIM, SEMPRE FOI ASSIM E SEMPRE VAI SER. VIVENDO APENAS PARA VENCER A FALTA QUE ME FAZ VOCÊ (...) E SÓ DE PENSAR EM TE PERDER POR UM SEGUNDO, EU SEI QUE ISSO É O FIM DO MUNDO”
terça-feira, novembro 15, 2005EM TEMPO REAL As palavras me escapam dos dedos, com o espanto de quem não consegue contar o tempo que elas percorrem o espaço entre meu pensamento e as teclas. Você entrou sem bater na porta, e antes que eu pudesse notar sua presença, já estava você, de pé atrás de mim, lendo tudo o quanto digito quase sem pensar! E mesmo você estando tão próxima, é ao longe que ouço o som do seu sorriso, ao ler meu texto assim, em tempo real, enquanto você apenas me observa escrever! Engraçado e incômodo o sentimento que me assola, como se me importunasse ver-te assim, me observando, me vigiando... Mas na verdade, por mais que eu saiba que isso me incomoda profundamente, não estou nem me importando com teus olhos em mim, por cima dos meus ombros! Vejo seu reflexo na tela do monitor, e de repente penso que preciso medir cautelosamente as palavras que escrevo e ter cuidado com o que escrevo e com o que você lerá, mas basta-me pensar que ao escrever apenas o que penso, escreverei sobre você. Você entrou tão de repente que não tive tempo de decidir e nem espaço para agir, as horas, as palavras, os pensamentos, as sensações e tudo o mais, passaram a ser teus... Passaram a ser você! Você deu a volta por cima das minhas certezas imprecisas e de minhas certas incertezas, você desfez as minhas defesas e destruiu minhas atalaias... E foi tudo tão rápido, que quando percebi, você já estava aqui, atrás de mim, lendo tudo o quanto estou escrevendo! E agora, de súbito, percebi que me faltam palavras, e que não me basta apenas olhar teu reflexo no monitor, preciso de mais, preciso me refletir em teus olhos... Não posso dizer mais do que isto!
quarta-feira, novembro 09, 2005Acabou meu pó de Arroz
*"eu te faço sofrer ou você sofre por minha causa?" (a frase do título a essa mensagem é de Arthur da Távora) entre tantos questionamentos que tenho sobre nós, uma dúvida pousou sobre meu coração... será que toda culpa que sinto por te fazer sofrer tanto é realmente minha? será que todo o sofrimento que vejo em você, é mesmo minha responsabilidade? sou eu quem faz isso com você? ou será que é você quem faz isso com você mesmo? será que é você quem projeta minhas ações e palavras, distorcendo o que sou, o que faço e o que digo de maneira que te machuque e me culpe, pesando na consciência a insônia quando vou dormir? de tantos pensamentos contraditórios, o que mais me perturba é imaginar que você dorme como um anjo repousando em uma nuvem de algodão doce, enquanto eu permaneço acordado refletindo sobre meus possíveis erros e que você também não dorme por que sofre por minha causa... toda culpa que você me impõe e me credita, é mesmo minha? às vezes eu imagino que você diz que sofre pra me atormentar pra me tirar o sono e penso que você chora, com aquela sua cara de quem não dormiu ontem, pra me fazer sentir a última criatura do mundo e que sou má, por isso não vou pro céu! se você faz mesmo isso, não sou eu quem te faço sofrer! eu sei que tem gente que sofre por qualquer coisa, sem precisar das ações de terceiros, ou quartos, quintos... tem gente que já acorda de mau humor e diz: "hoje o dia vai ser péssimo", e não dão chance pro dia acontecer, chegando á noite praguejando: "minha vida não presta, nada de bom acontece..." tem gente que diz: "eu tinha que morrer logo, pra acabar com essa angústia que sinto", mas a pessoa, não tenta entender o que sente, lutar e se livrar dos sentimentos ruins... tem gente que cria um paradigma de dor, sofrimento e infelicidade, e acreditam tanto nele, que não conseguem ser felizes por causa disso! quem sabe você é uma dessas pessoas? quem sabe você não anda com a cara amarrada, de mal com a vida, com mau humor com você mesmo? ou quem sabe você é astuto o suficiente, pra reverter todas as minhas ações contra você? sou eu que faço sofrer ou você que é um sofredor? um sofredor sem causa, como os antigos rebeldes! quando eu encontrar respostas para tantos questionamentos, saberei de fato, o que somos um pro outro... mas enquanto isso não acontece... haja pó de arroz pra esconder olheiras!!! oh insônia sem fim!!!
segunda-feira, novembro 07, 2005"ALGUMAS PALAVRAS PARA VOCÊ LER SE QUISER SABER NO QUE ESTOU PENSANDO ENQUANTO ESCUTO RENATO RUSSO CANTAR SCRIVIMI"
Eu ainda quero saber muito mais do que eu já sei de você! -+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+-+- Blog novo!!!
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